segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

EXPLOSÃO EM PLATAFORMA DA PETROBRAS MATA 1


Nesta semana, uma explosão paralisou a produção de petróleo na plataforma P-34 da Petrobras – a primeira a produzir petróleo na camada do pré-sal no Brasil. O acidente teria sido provocado por falha de uma válvula de bloqueio na plataforma e provocou a morte de um operador, contratado da empresa UTC Engenharia, que presta serviço à Petrobras, o caldeireiro William Robson Vasconcelos, de 28 anos.

A Petrobras informou em nota que, juntamente com a UTC, está prestando toda assistência à família da vítima.

O acidente causou ainda ferimentos leves em outros dois empregados terceirizados da estatal, também contratados pela mesma empresa. Segundo a companhia, eles foram medicados e liberados rapidamente.

Este não é o primeiro acidente da P-34, atualmente localizada no campo de Jubarte, no litoral sul do Espírito Santo. Em 2002, a plataforma inclinou quase 40º por causa de uma pane elétrica. Depois do episódio, a Petrobras reformou totalmente a plataforma.

A P-34 tem capacidade para produzir 60 mil barris diários de petróleo. Foi nessa plataforma que, em setembro passado, o presidente Lula deu início à produção de petróleo na área do pré-sal.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou o incidente, alegando que um acidente como estes já estava anunciado.

Segundo declarações do diretor de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) da FUP, Simão Zanardi, foi sorte de ter sido apenas uma tragédia e não várias. Zanardi afirmou que a plataforma está em constante manutenção, desde que entrou em operação, e além disso, os sindicalistas do Espírito Santo já haviam até mesmo encaminhado à Petrobras um ofício pedindo a parada da plataforma para que ela passasse por uma manutenção encostada num estaleiro, como é de praxe quando ocorrem problemas técnicos.

E, para o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, um dos motivos do acidente foi a falta de segurança da unidade. Moraes afirmou ainda que os funcionários terceirizados trabalham em condições diferentes dos funcionários próprios da Petrobras. “Os terceirizados não são treinados no mesmo nível dos da Petrobras”, afirmou. O coordenador denunciou também que as condições de segurança são menores e os equipamentos não são tão bons para os prestadores de serviço.

Em função disto, a FUP, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Petróleo do Espírito Santo (Sindipetro ES) vão participar da comissão que investigará o acidente.



Por Roberta Cortat

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