sábado, 27 de setembro de 2008

INDÚSTRIA MUNDIAL AINDA NÃO TEM CAPACIDADE PARA SUPRIR O PRÉ-SAL


A capacidade atual instalada da indústria mundial que fornece de bens e serviços para o setor petrolífero não será suficiente para atender às futuras demandas da Petrobras para os seus projetos do pré-sal. A afirmação foi feita pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, durante a cerimônia de encerramento da Rio Oil & Gas. O executivo previu 175 licitações até 2017 e a encomenda de 55 sondas de perfuração, das quais pelo menos 28 construídas no Brasil. De acordo com Gabrielli, será necessário expandir a capacidade do Brasil e do mundo e a estatal usará seu poder de compra para ajudar o País a atrair investimentos para sediar a expansão mundial da indústria.
“Temos capacidade de alavancagem pelo tamanho da nossa compra. Teremos que antecipar contratos, dar suporte a fornecedores estratégicos, captar recursos e atrair novos entrantes”, afirmou.

Para o pré-sal, Gabrielli ressaltou que os desafios envolvem logística, automação, desenvolvimento de novos materiais e escoamento de gás. Há ainda a questão do modelo de produção. Ele ressaltou que a Petrobras iniciará a produção com o modelo vigente, mas terá que substituí-lo à medida que for detendo novos conhecimentos.

Durante o encontro, ele fez uma análise do mercado mundial de petróleo, destacando que, nos últimos três anos, os países que mais demandaram petróleo foram China, Índia, África, América do Sul, principalmente o Brasil, e Rússia, que precisaram de mais energia para suportar seu crescimento. Em paralelo, a Europa, os Estados Unidos e o Japão decresceram sua demanda por combustíveis. Além disso, ressaltou que a oferta mundial de petróleo dos países da Opep ficou abaixo do esperado.

“O aumento da reserva mundial se deu mais em função do acesso à tecnologia, que permitiu melhores taxas de recuperação, do que por novas descobertas. O custo de descoberta e de desenvolvimento tem se elevado desde 1995 por uma série de fatores, entre eles pelo aumento de preço de insumos. Os das sondas offshore, por exemplo, essenciais à produção, não param de crescer”, explicou.

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