segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Denúncia afeta ações da Petrobras

Um alerta soou no mercado em relação à Petrobras ontem, a partir da denúncia de que a empresa recorreu a um empréstimo da Caixa Econômica Federal, de R$ 2 bilhões, em outubro, para capital de giro. A informação, que veio à tona pelas mãos da oposição ao governo, causou desconforto curiosamente depois que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que dificuldades financeiras momentâneas levaram a empresa ao empréstimo. O ministro também revelou que um fundo dos Emirados Árabes ofereceu financiamento à estatal para a exploração de petróleo na região do pré-sal. Lobão ressalvou, no entanto, que ainda não foi definido se a estatal aceitará o empréstimo nem o montante em questão. – Se for conveniente à Petrobras e ao Brasil, nós receberemos sem nenhum constrangimento – afirmou o ministro. – A Petrobras está como sempre esteve. Teve dificuldades momentâneas em razão de impostos imprevistos, mas é uma situação que se estabelece no passo seguinte.

Ontem, as ações da estatal permaneceram no terreno negativo durante todo o dia, caindo mais que o índice da bolsa, com a colaboração também da queda do petróleo. Os papéis com direito a voto da empresa (ON) fecharam em baixa de 2,47%, cotados a R$ 23,72. Já os preferenciais (PN) encerraram o pregão em baixa de 2,77%, a R$ 19,95. Analistas observam que, apesar do empréstimo ser considerado normal, gerou incerteza o fato de a empresa ter utilizado os recursos para capital de giro.

JB, Economia

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